Introdução e Saudação

A paz do Senhor seja contigo e com tua casa. Damos graças ao Senhor, ao Deus Eterno, ao Todo-Poderoso por este tempo que nos permite estabelecer a verdade que estabelece a liberdade, a liberdade que estabelece a graça, a liberdade que estabelece a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus o Cristo. Este é um tempo de revelação onde Deus está manifestando Sua vontade, permitindo que cada um de nós, homens e mulheres de fé, estabeleçamos o Reino de Deus nos lugares onde Ele nos colocou.

Nos expomos diante de Sua palavra para que Sua palavra nos limpe e estabeleça em cada um de nós o que Ele se propôs fazer quando nos chamou à Sua graça e à Sua misericórdia. Temos estudado este tema doutrinário da perfeição, tendo examinado já quatro seções diferentes, e hoje completaremos particularmente o versículo 13 do capítulo quatro da epístola aos Efésios.

O Texto Base: Efésios 4:13

“Até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.”

Este versículo apresenta quatro declarações de propósito que representam, para cada homem e cada mulher de fé, uma meta à qual cada um de nós deve chegar. Conhecemos as palavras do apóstolo em Filipenses quando diz: “Não que já tenha alcançado ou que seja perfeito, mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.”

Este é o propósito da vida do homem e da mulher quando estamos sobre a face da terra: chegar à perfeição e poder estabelecer com isso o que o Senhor determinou com cada uma de nossas vidas. Lemos no Antigo Testamento, no livro de Provérbios: “Mas a vereda dos justos é como a luz da alva, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”

As Quatro Declarações de Propósito

Quando o apóstolo escreve o versículo 13, está estabelecendo quatro propósitos bem definidos:

  1. Primeira expressão: “Até que todos cheguemos à unidade da fé”
  2. Segunda expressão: “Até que todos cheguemos ao conhecimento do Filho de Deus”
  3. Terceira expressão: “Até que todos cheguemos a varão perfeito”
  4. Quarta expressão: “Até que todos cheguemos à idade da plenitude de Cristo”

Na versão revisada de 1960 mudam a expressão “idade” por “estatura”, lendo: “até que todos cheguemos à estatura do varão perfeito.” Ambas as versões falam da mesma coisa, uma não difere da outra. Está apresentando o momento quando Jesus o Cristo como homem estabelece a perfeição do estilo de vida do Reino dos Céus sobre a face da terra.

A Quarta Declaração: A Idade da Plenitude de Cristo

Esta noite estudaremos esta quarta declaração de propósito, com o fim de que cada um de nós entendamos o que é chegar à idade da plenitude de Cristo. Para entender esta declaração é necessário que cada um de nós nos perguntemos: O que foi que Jesus fez aos 33 anos de idade?

Porque a idade da plenitude de Cristo são precisamente os feitos que Ele realizou quando alcançou a idade de 33 anos. Portanto, para poder entender esta declaração de propósito, é necessário que nos perguntemos o que foi que Jesus fez, quais foram Seus atos, quais foram Suas ações, qual foi Sua postura diante das coisas que Ele estava desenvolvendo, para que assim cada um de nós possa estabelecer um guia para alcançar precisamente a idade da plenitude de Cristo.

Divisão do Ensinamento: Três Seções

Este ensinamento se dividiu em três seções, três ações que Jesus realizou e que nos servem a cada um de nós como um guia para que possamos igualmente seguir este caminho e poder estabelecer para cada um de nós a idade da plenitude de um varão perfeito.

PRIMEIRO PONTO: O Entendimento de Quem Era Ele e Para Que Havia Vindo

A palavra “consciência” neste ensinamento será mudada por “entendimento”. A razão desta mudança é porque atualmente, quando falamos de consciência, apela a uma definição filosófica. Para que não se vá confundir com alguma definição filosófica, usaremos a palavra “entendimento”.

O Desenvolvimento Gradual do Entendimento

O primeiro que devemos estabelecer com respeito a este primeiro ponto é bem importante: Jesus foi desenvolvendo entendimento na medida em que Ele foi se desenvolvendo. Desde o momento em que teve conhecimento de existência, não sabia desde esse momento que era Filho de Deus encarnado, senão que Ele vai desenvolvendo consciência, vai desenvolvendo entendimento na medida que vai crescendo e se desenvolvendo.

Por exemplo, no Evangelho de Lucas se nos apresenta um fato que somente Lucas apresenta, quando Ele tinha 12 anos de idade. Conhecemos o relato quando Jesus decide ficar depois que havia terminado a festa de Pesaj ou a festa do Cordeiro Pascal, que Seus pais subiam todos os anos. Depois que Sua família havia avançado por espaço de três dias, se dão conta de que Jesus não se encontra entre a companhia. Decidem regressar e o buscam por todos os lugares; o último lugar no qual decidiram buscar foi precisamente no templo.

Temos já uma média de seis dias, praticamente toda uma semana, quando finalmente o encontram. Jesus lhes diz: “Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” Já vai desenvolvendo um entendimento.

Quando chegamos à idade de 30 anos, no relato das bodas de Caná da Galileia, a mãe lhe diz a Jesus: “Não têm vinho.” E sabemos o que Jesus respondeu: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.”

Com isto queremos estabelecer que Jesus não adquiriu entendimento da noite para o dia. Jesus, pelo Espírito de Deus, vai adquirindo entendimento de quem era e a que Ele havia vindo à face da terra. Isto é bem importante porque nos está estabelecendo a cada um de nós, homens e mulheres de fé, que de igual maneira o entendimento se vai desenvolvendo na medida em que cada um de nós nos vamos envolvendo dentro da obra de Deus.

A Importância do Entendimento Claro

Quantas vezes nos sucedeu a cada um de nós que temos a ideia de que há algo que tenho que fazer, mas não sei o quê? E não é senão por meio da intervenção do Espírito Santo quando o Senhor vai revelando a que o Senhor nos chamou. Isto é precisamente o que sucede com Jesus: Ele vai desenvolvendo entendimento na medida em que se vai desenvolvendo, mas quando já chegam os 33 anos, Ele tem pleno conhecimento, pleno entendimento de quem era e a que Ele havia vindo.

Por que é importante assinalar isto como primeiro ponto deste ensinamento? É importante porque o homem e a mulher são mudáveis. O pensamento do homem, os sentimentos do homem, o pensamento da mulher, os sentimentos da mulher são mudáveis. Mudam na medida em que avançamos em idade e na medida em que nós estamos expostos ao ambiente no que nos movemos.

Portanto, o que um homem ou uma mulher possam adquirir entendimento do que são em Jesus o Cristo e entendimento de a que nos chamou, é um ponto muito importante no desenvolvimento e crescimento da fé. Porque muitos de nós não podemos fazer as coisas que Deus nos mandou precisamente pelo entorno, pelo ambiente em que nos estamos movendo.

As Pressões que Jesus Enfrentou aos 33 Anos

Vamos ver um esboço de quais foram os feitos de Jesus, particularmente diante da multidão na qual Ele se estava movendo, para que vejamos quais foram as pressões que Jesus enfrentou quando chegou aos 33 anos.

João 6:66: “Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele.”

Quando lemos o capítulo 6, particularmente nos damos conta que Jesus estabelece uma série de ensinamentos que foram chocantes para os judeus, principalmente, mas que também foram chocantes para os que se haviam professado como Seus discípulos.

No versículo 64, dois versículos atrás, diz: “Mas há alguns de vós que não creem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam e quem o havia de entregar.” E disse: “Por isso, vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido.”

Por causa disto, isto é, por causa do que Ele havia falado, muitos dos que se haviam confessado como discípulos de Jesus decidiram se retirar, decidiram abandonar. Quando lemos em detalhe o capítulo 6, nos damos conta que esses “muitos” foram grandes multidões.

A Diminuição das Multidões

Quando chegamos à idade de 33 anos e revisamos os evangelhos onde Ele alimentou a 5.000, onde Ele alimentou a 3.000, onde eram multidões as que Ele estava ministrando no último ano de Seu ministério, essas grandes multidões começaram a decrescer e se retirar. Muitos, aqueles que haviam estado com Jesus desde o princípio.

Tanto assim que quando o apóstol Pedro, dias antes de que fosse o derramamento do Espírito Santo, propôs no capítulo 1 de Atos dos Apóstolos: “É necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição.”

Note o versículo 23: “E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias.”

O que queremos mostrar com isto é que de todas aquelas multidões que haviam caminhado com Ele praticamente desde que começou Seu ministério, somente dois deles chegaram até o final. O que passou com os 5.000 homens que Ele alimentou em uma ocasião e que o seguiam aonde quer que Ele fosse? O que passou com toda essa multidão? Somente dois encontramos que cumpriram com esse requisito que o apóstolo Pedro estabeleceu para escolher o sucessor de Judas.

O Ambiente de Pressão e Rejeição

Quer dizer então que o último ano do ministério de Jesus o Cristo, toda aquela grande multidão que lhe apertava e que muitas vezes não lhe deixava nem sequer tomar Seus alimentos em Seus horários correspondentes, toda essa grande multidão decresceu.

João 6:70: “Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.” Estava falando precisamente de Judas Iscariotes.

O que é o que estamos vendo até este momento? O último ano da vida, o ano da plenitude de Jesus o Cristo, como o apresenta o apóstolo Paulo no versículo 13 do capítulo quatro de Efésios, o último ano, em lugar de ter se desenvolvido como nos outros anos, muitos começaram a se retirar.

O que significa isto para os efeitos do que estamos estudando? A pressão do grupo, a rejeição, a não aceitação das grandes multidões que estavam o acompanhando.

Não lhe chamou a atenção que quando lemos os relatos da crucificação, quando Jesus é apresentado ante os romanos, houve uma grande multidão que gritava: “Crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o!”? De onde saiu toda aquela multidão? Muitos dos que estavam ali eram homens e mulheres que de seguro em algum momento determinado haviam estado com Jesus e que haviam recebido também Seus ensinamentos.

Estamos vendo então um ambiente de traição, um ambiente de abandono, um ambiente de menosprezo, um ambiente de rejeição.

A Revelação do Sofrimento

Mateus 16:21: “Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.”

Não declarou, nem sequer a Seus discípulos, que Ele tinha que ir e padecer e ser morto pelos religiosos judeus de Sua época. Não o revelou senão até o último ano. E ali encontramos o fato do apóstolo Pedro, quando lhe diz: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.”

A Agonia em Getsêmani

Mateus 26:38-46: “Então, lhes disse Jesus: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então, chegou junto dos seus discípulos e disse-lhes: Dormi agora e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores.”

Em três ocasiões, este relato é bem contundente porque não foi em uma ocasião, foi em três ocasiões que Ele repetiu as mesmas palavras.

O que é o que estamos vendo com isto? Estamos vendo que Ele tem um entendimento de quem era, um entendimento de para que havia vindo a esta terra. “Pai, se é possível, passe de mim este cálice.” E nas três ocasiões repete exatamente o mesmo: “Pai, se é possível, passe de mim este vaso, este cálice.”

Ele está entendendo perfeitamente que se está enfrentando a um processo de agonia, não nem sequer de morte, senão de agonia.

A Descrição Mais Gráfica de Lucas

Lucas 22:41-44: “E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.”

A Mudança no Último Ano

O que é o que estamos vendo aqui? A idade da plenitude de Jesus o Cristo, o último ano de Sua vida terrestre, não foi como os outros anos quando Ele começou. Quando Ele começou, ainda os escribas, ainda os fariseus se reuniam com Ele. Os doutores da lei se reuniam com Ele e lhe faziam perguntas. Claro, havia quem buscavam o apanhar em alguma coisa da lei, mas vinham a Ele para consultar-lhe, para ouvir de Seus ensinamentos.

Em uma ocasião, um doutor da lei lhe diz: “Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (João 3:2).

Mas quando chegamos ao terceiro ano, aos 33 anos, tudo começou a mudar: multidões a deixá-lo, multidões a abandoná-lo, Seus mesmos discípulos a rejeitá-lo, Seus mesmos discípulos a abandoná-lo por completo.

A Lição sobre a Pressão de Grupo

Por que estamos fazendo este reconto? Este reconto nos ajuda a entender algo bem importante com respeito ao entendimento de quem somos ante Deus e para que o Senhor nos chamou.

Dizia ao princípio do ensinamento: o homem tem um pensamento, o homem e a mulher mudam em seu pensamento ao passar dos anos, o homem e a mulher mudam de forma de sentir ao passar dos anos. Não há homem que resista a pressão de grupos. Mudamos de postura, muitos mudamos de posição, muitos mudamos de forma de pensar, muitos mudamos de forma de sentir ante a pressão de grupo.

Isto se deve a que obedecemos à pressão que temos externa mais que ao que Deus nos disse e o que Deus estabeleceu para cada um de nós.

A Importância do Entendimento Firme

A idade da plenitude de Cristo marca algo bem importante: Ele tinha entendimento de quem era e para que havia vindo, e não permitiu que as pressões de grupo, nem a rejeição, nem o abandono, nem o menosprezo, nem os comentários exercessem sobre de Ele uma mudança de pensamento ou uma mudança de sentimento.

De fato, a noite que Ele foi entregue o encontramos suando, há uma agonia em Seu corpo e Ele pedindo em três ocasiões diferentes: “Pai, se é possível, passe de mim este cálice”, porque está sentindo a pressão, a aproximação da morte sobre de Ele que o está querendo atrapar. Mas: “Não seja conforme a minha vontade, senão conforme a tua vontade.”

Entendimento de quem somos e a que viemos é o reflexo de um homem e de uma mulher que alcançaram a perfeição.

A Aplicação Pessoal

Não se deu conta você que muitas vezes nós mesmos temos dito ante a pressão, ante que as coisas não resultam como nós havíamos pensado: “Talvez não seja a vontade de Deus”? Porque vemos no estorvo, porque vemos na oposição, nos inconvenientes, um sinal de que Deus nos está mudando de rumo.

Com isto nos temos que enfrentar cada um de nós. Para poder alcançar a perfeição é necessário que aprendamos a nos manter no que Deus nos disse e o que nós cremos.

O entendimento de quem Ele era e o entendimento de a que havia vindo é precisamente a evidência de ter alcançado a perfeição.

A Parábola do Semeador

Em Mateus capítulo 13, quando lemos a parábola do semeador que saiu a semear sua semente —que uma caiu junto ao caminho, que uma caiu em pedregais, que outra caiu entre espinhos e finalmente a quarta caiu em boa terra—, quando Jesus está explicando esta parábola a partir do versículo 19, diz:

“Os que foram semeados em pedregais são os que, ouvindo a palavra, logo a recebem com gozo; mas não têm raiz em si mesmos, antes, são de pouca duração, porque, chegando a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.”

“O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.”

Os que caíram entre pedregais são aqueles que recebem a palavra com gozo, se deleitam com a palavra, a receberam com gozo, mas quando vem a perseguição, quando vem a perseguição, não podem se manter e são afogados pela perseguição.

Os que caíram entre espinhos são aqueles que recebem de igual maneira a palavra com gozo, a palavra foi semeada em boa terra, mas os afãs deste século, as preocupações deste século, as pressões deste século estabelecem mais forte a ideia de que não é necessário nem conveniente manter a mesma postura, e foram afogados.

A Grande Lição

O entendimento de quem era Jesus e a que havia vindo nos está estabelecendo a nós esta grande lição para alcançar a perfeição: cada um de nós devemos nos manter apesar das pressões, apesar da rejeição, apesar da oposição, apesar do menosprezo, apesar de todo inconveniente que surja no ambiente. É necessário nos mantermos.

Esta é a evidência maior de um homem que alcançou a perfeição, e esta é a evidência de uma mulher que alcançou a perfeição.

A Experiência Universal

Isto é bem importante que nós o entendamos, porque cada um de nós, homens e mulheres de fé, vamos passar pelas mesmas experiências que Jesus passou. Cada um de nós vamos passar pelas mesmas experiências de rejeição, as mesmas experiências de abandono, as mesmas experiências de oposição, as mesmas experiências de crítica, as mesmas experiências de inconvenientes.

A pergunta que cada um de nós devemos responder agora é: Como nós vamos atuar diante destes elementos?

É bem importante que nós o possamos enfrentar, porque precisamente por não ter claro o entendimento de quem somos e para que viemos, para que o Senhor nos chamou, deixou praticamente no caminho a muitas pessoas.

Quantos homens de ministério entregaram o ministério precisamente por um prato de lentilhas? Quantos homens e mulheres abandonaram o ministério por uma rejeição, por uma oposição, por uma crítica, por um levantamento dentro da mesma igreja?

Porque a perfeição se mede em nos saber manter no que Deus disse e não nos obstáculos que nós encontramos no caminho.

O Exemplo do Apóstolo Paulo

O apóstolo Paulo escreve aos tessalonicenses (pode lê-lo você na primeira epístola): “Pelo que quisemos ir ter convosco, ao menos eu, Paulo, uma e outra vez, mas Satanás no-lo impediu.”

Mas isso não foi motivo para que Paulo abandonasse o ministério, nem sequer para que abandonasse aos discípulos de Tessalônica.

As Perguntas Cruciais

Como atuamos diante da pressão? Como atuamos diante do fato de que as coisas não nos saem bem? Como atuamos diante das circunstâncias que nos dizem: “Deus não está contigo”? Como atuamos?

Se não atuamos como Jesus atuou, quer dizer que não alcançamos ainda a perfeição.

Assim que primeiro ponto: até que todos cheguemos à idade da plenitude de Jesus o Cristo significa que nós devemos nos manter firmes, independente de todas as coisas como se desenvolvem ao nosso redor, independente de pressões, independente de perseguições, independente de resistência, independente de gente que se levante contra nós e difame, gente que se levante em oposição, independente de tudo.

O apóstolo Pedro disse: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus.”

Quem te chamou? Quem te escolheu? Quem te posicionou no lugar onde tu estás? Ante quem te vais apresentar? Ante a multidão que não te quer, ante a multidão que se apresenta contra ti, ou ante Deus?

Portanto, se é ante Deus ante quem nos vamos apresentar, mantém-te no que Deus te disse. Não cedas à pressão, não cedas à resistência, não cedas ante a perseguição.

SEGUNDO PONTO: A Obediência

Mateus 26:52-56: “Então, Jesus lhe disse: Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? Naquela mesma hora, disse Jesus à multidão: Saístes, como contra um salteador, com espadas e porretes para me prender? Todos os dias me assentava convosco, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas.”

A Natureza da Obediência

A obediência é uma decisão, mas sobre todas as coisas a obediência é um ato.

Romanos 5:19: “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos.”

Como podemos entender que alcançamos a perfeição? Obediência.

A Cena da Prisão

Aquela noite, quando Jesus foi tomado prisioneiro, o lemos, aquela noite estava orando por espaço de três horas, porque assim o relata o Evangelho de Mateus. Por espaço de três horas nenhum de Seus discípulos esteve com Ele; nessa ocasião todos estavam dormindo, sabiam o que estava sucedendo, mas nenhum esteve disposto a orar juntamente com Ele.

O Evangelho de Lucas nos está apresentando o fato de que Seu suor era como gotas de sangue, gotas grossas. Ou seja, a agonia à que Ele foi submetido essa mesma noite.

Vem toda aquela turba com paus, com espadas, e um de Seus discípulos saca uma espada e lhe corta a orelha a um daqueles que vêm para prendê-lo. E Jesus diz: “Não. Não é assim como deve atuar.”

O Poder da Obediência

Ele mesmo diz: “Ou pensas que eu não poderia orar a meu Pai, e que ele não me mandaria mais de doze legiões de anjos? Mas como se cumpririam então as Escrituras?”

Obediência.

Sabem que a obediência é a melhor arma para derrubar principados e potestades que se levantam contra o conhecimento do Alto. Muitas vezes os principados e as potestades não obedecem somente a palavras. Muitas vezes os principados e potestades não se podem manter ante um que soube estabelecer obediência.

Acaso não lemos nas Escrituras que o apóstolo pelo Espírito de Deus diz: “E estarmos prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência”? Quando vossa obediência seja perfeita, estão prontos a castigar toda desobediência.

Portanto, a obediência é uma arma de guerra espiritual. Mas sobre todas as coisas, a obediência é a evidência de um homem, é a evidência de uma mulher que alcançou a perfeição.

A Prova da Obediência

Ainda que haja formas de nos livrarmos daquilo que estamos passando… Por exemplo, ante uma situação de enfermidade, é fácil nos livrarmos: estão os medicamentos. Mas se o Senhor nos disse: “Eu sou teu sanador, eu estou contigo”, e nós buscamos vias alternativas, em realidade não estamos estabelecendo obediência, estamos buscando conveniência, que não é o mesmo que obediência.

É importante que nós entendamos como reagimos ante as pressões do dia, ante as pressões dos ambientes, ante as pressões econômicas. Como reagimos? Buscando alternativas ou sabendo esperar?

Mateus capítulo 6: “Vosso Pai, que está nos céus, sabe que necessitais de todas essas coisas.” Então, por que não me dá? Porque está provando quanta obediência nós podemos desenvolver em meio às circunstâncias, em meio às situações.

A Obediência Como Limite às Trevas

A obediência é a forma para mostrar às trevas quanta perfeição alcançamos.

De seguro que você leu o livro de Jó, ao menos os primeiros capítulos. Os filhos de Deus se apresentam ante o Senhor e em meio deles se introduz também Satanás. E o Senhor lhe diz a Satanás: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e que se desvia do mal.”

Conhecemos esse relato. Sabem que a perfeição põe limites às trevas. A perfeição põe limites às trevas, e uma forma para mostrar a perfeição é precisamente a obediência.

A Obediência Até a Morte

Filipenses 2:8: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.”

Não se perguntou você por que razão tem que especificar que tipo de morte foi? “Obediente até a morte, e morte de cruz.” Porque a morte por crucificação era a morte mais dolorosa. Jesus o sabia. Jesus não é ignorante de ante que se está Ele expondo. Mas sem embargo…

João 10:17-18: “Por isto, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.”

Foi obediente até a morte, e morte de cruz, uma morte dolorosa. Jesus o sabe, mas não foi motivo para dizer não. Eu venho para estabelecer obediência sobre a face da terra. “Este mandamento recebi de meu Pai.”

A Obediência Por Encima de Interesses Pessoais

Um homem de Deus, uma mulher de Deus quando aprenderam a caminhar em obediência, se desprendem de seus próprios interesses e necessidades. Porque pode haver interesses, podem haver necessidades, mas quando o homem de Deus, quando a mulher de Deus sabe estabelecer obediência apesar de suas próprias necessidades, então se estão estabelecendo na idade da plenitude de Cristo, estabelecendo perfeição.

E ante a perfeição, o inimigo não pode se aproximar. Não pode se aproximar ante esta pessoa.

Em Jó, que o citei há uns segundos atrás, em Jó, Satanás lhe diz: “Porventura, não o cercaste tu a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?” Sabem qual é o cerco? Perfeição. Que é precisamente o que Deus demanda a todo homem de fé, que é precisamente o que Deus demanda a toda mulher de fé: perfeição.

A Demanda Universal de Perfeição

O encontramos no Antigo Testamento, o encontramos no Novo Testamento. No Antigo Testamento, Deus lhe diz a Abraão: “Anda em minha presença e sê perfeito.” Não é a demanda somente sobre Abraão. É a demanda para cada homem de fé, é a demanda para cada mulher de fé, porque se ele é o pai da fé e nós somos os filhos da fé, quer dizer que a demanda que Deus impôs a Abraão também se aplica para cada um de nós: “Anda e sê perfeito diante de mim.”

Novo Testamento, no Evangelho de Mateus está escrito: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”

Portanto, a perfeição é uma demanda, e é uma demanda de fé. Nenhum de nós pode dizer que caminha em fé sem haver entendido que Deus nos está demandando perfeição. Não podemos dizer que somos homens de fé, não podemos dizer que somos mulheres de fé se não entendemos que Deus nos está demandando perfeição.

E qual é a evidência da perfeição? Obediência. A evidência, o fruto da perfeição, é obediência.

O Exame de Nossa Resposta

Como reagimos então ante as demandas do Senhor? A sabendas de que estamos desobedecendo, preferimos fazê-lo e não corrigir nosso caminho?

Está se dando conta da gravidade na que muitos de nós, homens e mulheres que nos confessamos como crentes, a gravidade na que estamos. Vemos primeiro nossas conveniências, vemos primeiro nossas necessidades, e depois, a partir daí, começamos a repartir: se sobra, então somos obedientes.

A obediência: fruto, evidência mesma de uma vida de perfeição.

TERCEIRO PONTO: Estar Dispostos a Pôr Nossas Vidas

João 10:17: “Por isto, o Pai me ama, porque dou a minha vida.”

Terceiro ato que mostra a perfeição de um homem, que mostra a perfeição de uma mulher: “Eu ponho minha vida.”

O Ensinamento Difícil do Sermão do Monte

A quantos de nós nos custou entender aquele ensinamento de Jesus no Sermão do Monte, no capítulo 5, quando Jesus estabelece: “Mas eu vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”? Quantos de nós dizemos: “Isso não pode ser literal. Isso não pode ser literal, há que entender-lhe o simbolismo, é seguro que isso é uma metáfora da qual o Senhor nos está falando”?

Se isso fosse uma metáfora, um simbolismo, então Ele não houvera dito: “Eu ponho minha vida.”

É que não entendemos o terceiro ato da perfeição: estar dispostos, estar dispostos a pôr nossas vidas por amor da obra, por amor do ministério, por amor do que Deus quer estabelecer em cada um de nós.

A Crucificação com Cristo

Gálatas 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.”

O que é viver na fé do Filho de Deus? O que é viver na fé do Filho de Deus? O estamos entendendo: “Eu ponho minha vida.”

O Propósito do Chamado

Entender que Deus nos chamou não para nos beneficiarmos a nós, senão para nos sacrificarmos pelos demais, é a maior evidência da perfeição.

Quando você vai a Primeira de Coríntios (de seguro que o lemos), o apóstolo diz: “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”

A isso se está referindo, e o apóstolo apresenta de forma contundente e de forma gráfica para ser entendido. Nos faz chegar ao entendimento de que não são os demais os que nos têm que servir, que somos nós os que temos que servir aos demais.

Nos faz chegar ao entendimento de que não é cumprir nossas expectativas, que não é cumprir nossa demanda, que não é cumprir nossa conveniência, que não é nem sequer cumprir nossas necessidades, senão que a obra de Deus seja estabelecida.

O Exemplo Supremo do Amor

Romanos 5:7-8: “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

O que o apóstolo está dizendo: “Mas por um não bom, por um que não nos vai representar nada em troca, impossível.” “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

A Compreensão Plena do Apóstolo Paulo

A idade da plenitude de Cristo não se estabelece em que a obra de Deus me ajude a me desenvolver. Não, eu, Senhor, para tua obra. Se para isso nos extraiu, se isto é o que temos que fazer, se fez.

Efésios 5:2: “E andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.”

Paulo escreveu o versículo 13 do capítulo quatro de sua epístola aos Efésios estando bem consciente do que lhe estava escrevendo. Não é que nós lhe estamos dando uma interpretação, um significado, não. Paulo estava bem consciente do que estava escrevendo.

Os Quatro Propósitos Completos

Quatro propósitos, quatro declarações às quais devemos nós aspirar como metas para alcançar a perfeição:

  1. “Até que todos cheguemos à unidade da fé”
  2. “Até que todos cheguemos ao conhecimento do Filho de Deus”
  3. “Até que todos cheguemos a varão perfeito”
  4. “Até que todos cheguemos à idade da plenitude de Cristo”

Resumo da Idade da Plenitude de Cristo

O que significa a idade da plenitude de Jesus o Cristo? O que significa?

Significa precisamente ter entendimento de quem somos em Jesus o Cristo, de quem somos e a que fomos chamados. Ter entendimento de que nem sempre as coisas vão sair como nós as queremos, nem sempre vamos ver o resultado dos esforços que estamos fazendo, nem sempre. Mas apesar disso, nos possamos manter: “É que a isto me chamou o Senhor. É que isso foi o que Ele determinou.”

E não meço (e permitam-me usar esta expressão, ainda que esta expressão não esteja contida na Sagrada Escritura, mas não meço) o êxito de meu ministério pelos resultados. Não meço pelo que obtenho.

E chegamos ao segundo ponto: obediência, obediência pela obediência. A Seu chamado, obediência a Seu propósito, ao que Ele me revelou.

O terceiro ponto: estar dispostos. “Quem irá por nós?” Sabendo que “quem irá por nós” significa perseguição. “Eis-me aqui, envia-me a mim.” Porque não são meus interesses nem são minhas conveniências: é tua obra, Senhor. Te entregaste a ti mesmo por nós.

O Exemplo da Rainha Ester

A rainha Ester: “Se perecer, pereci, mas se para isto o Senhor me chamou, eu o farei.”

Oração de Encerramento

Te dou graças, meu Senhor, esta noite por este ensinamento grande que Tu nos estabeleces por meio de Teu Santo Espírito. Agora peço, Pai, que seja Teu Santo Espírito que estabeleça em nós, oh Deus, o entendimento para que possamos caminhar como um varão perfeito da plenitude de Jesus o Cristo. No nome de Jesus, amém.

Te abençoo. A paz do Senhor seja contigo e com tua casa. Amém.

pastor Pedro Montoya


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